A Revista Abifina divulgou em sua edição de 17 de janeiro de 2023, uma reportagem publicada em uma das maiores revistas científicas do mundo – a Nature – sobre o estudo e descoberta de um novo antiviral com grande potencial para tratamento da Covid-19. Esse estudo é assinado por um grupo de pesquisadores brasileiros, dentre eles, Dr. Jaime Rabi, presidente da Microbiológica Química e Farmacêutica.

Artigo publicado na Nature (Communications), uma das mais conceituadas revistas científicas no mundo, revela a descoberta de um novo antiviral com grande potencial para tratamento da covid-19. O estudo é assinado por um grupo de pesquisadores brasileiros, entre eles Jaime Rabi, presidente da Microbiológica, empresa associada à ABIFINA.

Os resultados publicados derivam de um projeto de pesquisa focado na inibição da RNA polimerase viral, essencial para a reprodução do vírus da covid-19 (SARS-CoV-2). O projeto é possível graças à integração interdisciplinar da Microbiológica com o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP) e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), a grande experiência das três instituições e o profundo conhecimento sobre o metabolismo dos ácidos nucleicos.

A estratégia foi pesquisar pro-drogas, bases purínicas, de fácil acesso sintético que, in vivo, pudessem ser transformadas nas espécies ativas: os correspondentes nucleosídeos trifosfatos.

A pesquisa identificou que a cinetina, N6-furfuril adenina (entre outras de um extenso pipeline), é capaz de inibir a replicação in vitro do vírus em células hepáticas e pulmonares humanas, além de conjugar ação anti-inflamatória.

A substância se mostrou segura, não sendo mutagênica nem cardiotóxica em tratamentos agudos e crônicos.

Os testes em animais infectados mostraram que a cinetina levou à sobrevida e à diminuição da replicação viral, da necrose pulmonar, da hemorragia e da inflamação.

Estudos clínicos já em andamento com a mesma substância para outra doença sugerem que é possível fazer rapidamente o desenvolvimento clínico para uso preventivo e curativo da covid-19.

Os pesquisadores já submeteram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um dossiê (DDCM) para obterem a autorização para o início dos ensaios clínicos em seres humanos.

Parte do trabalho publicado deriva de uma encomenda tecnológica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI/CNPq) com objetivo de descobrir antivirais de ação direta contra o vírus da covid-19. O projeto tem apoio também da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Leia o artigo completo na Nature Communications. (Link https://rdcu.be/c3mh1)